Há ainda brasileiros que acreditam que a Lei
Magnitsky dos EUA seja a favor da democracia e liberdade no mundo. Abra os
olhos, patriota! Vamos usar discernimento e bom senso. Essa lei é outra
legislação extraterritorial do império estadunidense, que visa submeter outros
países a seus interesses. Leis que são usadas fora dos EUA, contra qualquer um,
cidadão ou nação. O livro “A arapuca
estadunidense: uma Lava Jato mundial” (F. Pierucci e M. Aron, Kotter
Editorial, 2019) conta como uma dessas leis foi usada para que a General
Electric engolisse a francesa Alstom, concorrente mundial na área de construção
de usinas nucleares. Com suas leis desleais, os EUA distorcem, manipulam,
ameaçam, chantageiam, espionam, torturam para favorecer seus interesses, econômicos
ou geopolíticos, pelo mundo todo.
Não nos enganemos, os EUA não são a nação guardiã
da democracia e da liberdade no mundo, que se arrogam ser. O “destino manifesto” faz os estadunidenses
acreditarem que são predestinados a dominar o mundo, e azar daqueles que
discordarem. As bombas de Hiroshima e Nagasaki – maior ato terrorista e
genocida da História –, a imposição do dólar como moeda mundial, os golpes, as
guerras, sanções e bloqueios impostos contra todos os governos insubmissos ao
domínio do Tio Sam, o desvario atual de Trump, taxando inclusive países tidos
como alinhados, mostram quem é a águia do Norte. Acuados ao perceber a
decadência de seu império e a incontível tendência de multilateralismo no
mundo, o antes hegemônico EUA desfaz-se da máscara de paladino da justiça,
assume a nação guerreira e opressiva que sempre tentou disfarçar ser.
As punições via Lei Magnistiky de autoridades
brasileiras – estas empenhadas em amenizar os efeitos do desgoverno que tentou
desviar o Brasil para o autoritarismo, a submissão, o entreguismo e o
negacionismo, desgoverno agora julgado pelos seus crimes contra a Constituição
–, é outra mostra do desespero do império em decadência. Para tentar convencer
que estão agindo em nome da democracia e da liberdade, os EUA contam com
aliados de peso: a desinformação via mídias estadunidenses que eles impedem que
sejam regulamentadas; os aliados entreguistas locais, cúmplices da rapinagem
internacional; a ignorância negacionista imposta à população; o complexo de vira-lata
de muitos brasileiros, que não conseguem enxergar o que significam as leis
extraterritoriais como a Magnitisky. Traduzindo-as, elas querem dizer o
seguinte: “Eu tenho poder militar,
econômico e tecnológico, você não. Se você não me obedecer, eu tenho direito de
usar meu poder contra você, da maneira que eu bem entender”.
As ações desesperadas do agonizante império
hegemônico – não só as leis extraterritoriais, mas também as taxações, as
guerras genocidas que patrocinam, os bloqueios e chantagens econômicas, o
negacionismo com o aquecimento global e a emergência climática, a desfaçatez
com as organizações, acordos e a diplomacia internacional – revelam, afinal,
quem são os EUA. Caiu a máscara do império.
A população brasileira – e a mundial – está acordando
para discernir quem é quem, e aprendendo a valorizar a soberania nacional, a
verdadeira democracia e liberdade.