Publicado no Diário dos Campos em 12/03/2016
Algumas religiões e filosofias acreditam que a humanidade seja na verdade formada de almas reencarnadas vindas de outros mundos, uns mais evoluídos outros menos que a Terra. O Criador aparentemente teria buscado juntar diferentes talentos, entre eles determinação e civilidade, na tentativa de que, inspirando-se uns aos outros, vingasse uma humanidade com a firmeza de caráter e o humanismo almejados pelo reino dos céus.
Algumas religiões e filosofias acreditam que a humanidade seja na verdade formada de almas reencarnadas vindas de outros mundos, uns mais evoluídos outros menos que a Terra. O Criador aparentemente teria buscado juntar diferentes talentos, entre eles determinação e civilidade, na tentativa de que, inspirando-se uns aos outros, vingasse uma humanidade com a firmeza de caráter e o humanismo almejados pelo reino dos céus.
O que
se vê nestes nossos turbulentos dias de adolescência da humanidade parece
indicar que tal crença tem fundamento. Fazendo uma grosseira separação, de um
lado temos lunáticos que se empenham ou se solidarizam com causas humanitárias
e ambientalistas, são contra intolerâncias e discriminações, ansiam por
inclusão social, distribuição de riquezas e direitos iguais, apóiam campanhas a
favor de animais, das matas e por dietas vegetarianas, são pacíficos e procuram
preservar princípios éticos valorizando a equidade, a honestidade, a honra... O
defeito maior deste grupo talvez seja a falta de combatividade, de têmpera que
seria necessária para defender seus princípios. Seria o tal grupo da “maioria
silenciosa”, que vê roubarem e pisarem as flores de seu jardim, mas nada faz.
De
outro lado temos terráqueos, para quem a competitividade e o sucesso são as
regras fundamentais do planeta. Não medem consequências para atingir suas
metas, são sarados, confiantes e guerreiros, são agressivos, egocêntricos e
individualistas, depredam o planeta e subjugam animais e outros humanos, são
vorazes comedores de carne, consideram natural que pertençam a uma casta
superior, que deve dominar a outra classe, esta uma espécie de vassalagem
reminiscente dos tempos de escravidão, ainda vigentes. A virtude maior deste
grupo seria a garra com que encetam seus empreendimentos, dispostos a tudo para
vencer. O defeito maior, a prepotência, a truculência, a ignorância.
Se nos
damos conta que parece mesmo que a um destes dois grupos pertence cada ser
humano de que temos notícia, convencemo-nos de que a intenção do Criador era
mesmo juntar raças diferentes para tentar criar uma nova raça, reunindo seus
talentos, a garra e a determinação de uns com o humanismo e a civilidade de
outros. Agora perguntemo-nos, a qual grupo pertencemos, ou melhor, a qual grupo
pertencem nossas diferentes atitudes? E o experimento divino, visando a
evolução da humanidade, está funcionando?
Quero
crer que seja cedo para respondermos a estas perguntas. Parece-me mesmo que a
humanidade esteja em sua adolescência, em rápida transformação, ainda não
sabemos no que vai dar. Se um adulto mais para os terráqueos, se mais para os
lunáticos, se uma triste soma das fraquezas de ambos, ou se uma feliz combinação
dos talentos de ambos. Este último caso é a expectativa do Criador.
Tomara
que esta última alternativa seja a que venha a se realizar! Tomara!
Parabéns ..Mário...achei fantástico o seu paralelo dicotômico entre o coração racional dos lunáticos e racionalidade sem coração dos terráqueos.
ResponderExcluirAbraço,
Jorim
Sua visão é muito simplista: branco ou preto. Faltaram os milhares de tons de cinza. A mescla já começou, e faz tempo. Abs
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