A ACIPG – Associação Comercial, Industrial e
Empresarial de Ponta Grossa – emitiu nota de repúdio à recente cassação de
Deltan Dallagnol, candidato mais votado a deputado federal no Paraná em 2022.
Vamos refletir um pouco: quem é a ACIPG? Em 2014 ela foi alvo de investigação
do Ministério Público por defender que cidadãos beneficiários do Bolsa Família
não pudessem votar, por entender que o programa social representasse uma compra de votos. Mas não propôs que os beneficiários de crédito rural ou
empresarial, nem de isenções tributárias, nem de empréstimos para aquisição de
bens, fossem também impedidos de votar. Em 2017, às vésperas da eleição de 2018
e quando Lula despontava como favorito, a Associação defendeu o General
Hamilton Mourão e a intervenção militar no país, um posicionamento ideológico,
sem nenhuma fundamentação legal. Em 2006, durante a criação das unidades de
conservação da região, principalmente o Parque Nacional dos Campos Gerais,
diretores da Associação manifestaram seu apoio aos ruralistas que não queriam
as UC’s; uma demonstração que ainda não compreenderam o papel do meio ambiente
na saúde integral de toda a sociedade, incluindo os ruralistas. Ou seja, o
repúdio à cassação de Dallagnol parece bem coerente com as posturas da ACIPG ao
longo do tempo.
Emulando um locutor esportivo, “Em que mundo você
está, ACIPG?”. A Associação comporta-se mais como uma agremiação fisiológica e
clientelista de alguns proprietários rurais e empreendedores deserdados das sesmarias
e pela Lei Áurea do século XIX. Eles ainda não conseguem acompanhar a evolução
social e econômica subsequente. A Associação cumpriria muito melhor função se abraçasse
a causa da valorização do trabalho, da justa relação patrão X empregado, do
respeito ao meio ambiente, da construção de um país próspero, com inclusão
social, mais justa distribuição de renda, aumento da dignidade do povo e
consequente maior segurança e bem-estar social.
E quem é Deltan Dallagnol? No dia 16 de maio último ele foi considerado inelegível pelo TSE, que acatou acusações contra o ex-procurador de tentar burlar a lei e evitar punições decorrentes de 15 procedimentos administrativos disciplinares, que poderiam resultar em processos e aposentadoria compulsória ou demissão. Dallagnol antecipou pedido de exoneração do MPF para escapar das ações e imediatamente candidatou-se a deputado federal. Esse procedimento é condenado pela Lei da Ficha Limpa, tornando-o inelegível. O TRE do Paraná acatara a candidatura, o processo foi ao TSE que agora cassa por unanimidade o ex-procurador.
Mais que estas razões legais, vamos relembrar quem
é Dallagnol: ele é um protagonista principal do mais grave caso de lawfare no planeta nos últimos tempos,
que visou prender e impedir a eleição de Lula, sabotar empresas nacionais com
projeção internacional – Petrobras, Eletronuclear, OAS, BRF, JBS, Embraer, Camargo Corrêa,
Odebrecht e muitas outras - e entregar o Brasil a políticos mancomunados com a
rapinagem econômica mundial. Muitos brasileiros ainda não enxergaram que a Lava
Jato não foi uma operação destinada a combater a corrupção – esta é sua máscara
-, mas foi destinada a fazer o Brasil ajoelhar-se perante interesses internacionais.
Quem ainda não enxerga isto deveria ler o livro do autor francês Frédéric
Pierucci “A arapuca estadunidense – uma Lava Jato mundial” (Kotter Editorial,
2021). Para esse fim Moro e Dallagnol foram treinados pelos serviços de
inteligência dos EUA.
Dallagnol, junto com outros que ainda serão
investigados, representa a submissão do Brasil aos vorazes interesses internacionais
e seus prepostos locais, que sabotam a emancipação e soberania do Brasil. Ele
deve ser repudiado por todos que de fato são brasileiros.
No final os que pensam que são mais inteligentes que os outros se dão mal.
ResponderExcluirPerfeita análise! Me deu subsídios para eu responder aos bolsonaristas o que me estão enviando sobre esse tema, à enxurrada!
ResponderExcluirAbraços Marcos
Maravilha !!!!
ResponderExcluirAgora fiquemos atentos às vaquinhas que esse lixo fará para devolver aos cofres públicos o que sorrateiramente ele e seus pares roubaram .
Hoje foi condenado a pagar quase três milhões.
Um santo! Affff
E a esses brasileiros que ainda não sabem de nada que desabone essa corja , seria de bom tom que lembrassem de Luis Carlos Cancellier , o professor e reitor da universidade de SC que foi preso , humilhado revistado após ser amarrado nu 2017.
ResponderExcluirO Estado deve muitas explicações sobre os desmandos desses vendilhões da pátria.
Logicamente foi inocentado.
Esse povo é responsável pela morte dele e de muitas outras ainda que indiretamente.
Parabéns, Mário!!! Análise muito bem vinda! Essa Associação Comercial de Ponta Grossa, revela -se, a cada vez, que seus interesses são contrários aos interesses da nação brasileira. Muito obrigada, Mário!
ResponderExcluirAssino embaixo dessa análise perfeita. O Brasil parou de passar vergonha, porque Lula nos recolocou em posição mais honrosa perante o mundo, mas o Paraná não desiste de ser envergonhado, e continua se alimentando de "lavagem".
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