O desgoverno atual elegeu-se fazendo com a mão direita um
arremedo de arma de fogo disparando. Antes já fizera exaltação do talvez mais
famoso e mais odiento torturador do País, no momento de votar a favor do golpe
que depôs o governo democraticamente eleito, e que era pacífico. Seguiram-se
declarações explícitas e leis facilitando a posse e o porte de armas, por
aqueles que podem comprá-las.
Novas declarações, de que a velocidade máxima nas vias não
tem que ser respeitada, as punições contra os que transformam seus veículos em
armas e com elas aleijam e matam são relaxadas. Some-se ainda o explícito
incitamento à indiscriminada ocupação da Amazônia, resultando em eventos de
queimadas recordistas e assassinatos de nativos e seus líderes. Enquanto isso,
tenta-se passar outra lei, esta felizmente barrada no legislativo, que usa a
enganosa expressão “excludente de ilicitude” para dizer “licença para matar”.
A família do desgoverno tem laços indisfarçáveis com as
milícias, que como se sabe resolve na bala e no terror as paradas no mundo do
crime que cultiva. O novo partido do desgoverno é o 38, propositalmente o
grosso calibre do revolver mais popular entre a bandidagem. Os ministros e
filhos do desgoverno, nesse meio tempo, preocupados com as massivas revoltas
populares nos vizinhos sul-americanos, ameaçam com a volta do regime de terror
perpetrado à força das armas, da tortura e da impunidade, que traumatizou e
atrasa o Brasil até hoje.
De um lado incita-se a população a se armar e à violência,
de outro se ameaça qualquer revolta com a repressão dos exércitos e da polícia.
Isso é demência, de perigosos desequilibrados. O desgoverno é insano, e está
empenhado em enlouquecer e encolerizar os demais poderes e líderes do País. E o
povo junto. Os brasileiros estão sendo incitados ao ódio de um pelo outro,
pelas diferenças de convicção, de religião, do local de nascimento, da cor da
pele, da cor da camisa.
Estamos com um desgoverno que quer armar, incendiar e
destruir o Brasil. São pessoas doentias, destrutivas. Parece ser esse o intuito
dos estrangeiros que apóiam esse desgoverno. O País destruído poderá enfim ter
seus imensos recursos, petróleo, minérios, solos agricultáveis, água, Amazônia,
o território geoestratégico, apossados pela rapinagem transnacional que nos
espreita ávida.
O Brasil enlouqueceu? Não temos mais brasileiros sãos e
nacionalistas que percebam a destrutiva insanidade que está sendo cultivada
entre nós? Quando o País vai acordar que não são as armas, não é o ódio, não é
a violência que vão construir um País próspero e soberano? A prosperidade vai
vir com a tolerância, com a compreensão, a paz, a cooperação. Senão vamos nos
destruir e dissipar na destruição a energia que temos, sem nada construir nem
para nós nem para as gerações futuras.
É hora de dizer não à insanidade. É hora de recuperarmos
o que há de civilidade e solidariedade em nossa índole e recuperar a esperança
de um país próspero, de paz e alegria.
... Pátria AMADA Brasil!
Sérgio,
ResponderExcluirVc descreveu ou melhor pintou o quadro de um Brasil ignorante e sem piedade que está se armando.
De fato estatística comprovam que nunca tivemos tantas armas liberadas pelas ruas. Sob rostos anônimos sustentados pelo ódio por tudo e por todos.
Que triste conhecer gente que apoia isso.
Olhando o comentário do Sergio acima digo mais: triste é ver que muita gente apoia cegamente isto. Triste ver a passividade das pessoas, parecem anestesiadas, gado a caminho do matadouro. E esse estado de coisas se espalhou pelos principais estados do país com governadores também com um discurso louco e autoritário. Os políticos perceberam há tempos que o povo esta nessa passividade toda e então fazem a festa. Uma festa nefasta pro Brasil.
ResponderExcluirabs.
Carlos SA
O Brasil não enlouqueceu, Mário Sérgio, mas uma parte significativa de loucos saiu do armário. Sempre existiram; apenas estavam contidos porque havia um pacto tácito, construído com muito suor e sangue em nossa história, pela civilidade mínima. Havia linhas vermelhas que essa gente não ousava transgredir abertamente. Esse pacto é que foi destruído porque havia um claro processo de emancipação em andamento. Há décadas eu dizia que precisaríamos de 3 mandatos para empatar o jogo histórico; na quarta vitória é que poderíamos virar o jogo de vez. Logo, o golpe.
ResponderExcluirAbração, meu amigo, e continue!