“Diário
da crise” é o nome de um programa que todo dia vai ao ar em edição nacional na
principal rádio de notícias do País, esta pertencente ao oligárquico cartel que
controla ferozmente as comunicações em nossa Pátria. Valeria muito todo cidadão
procurar conscientizar-se do poder da grande mídia em controlar os destinos do
mundo. Há um sem número de estudos a respeito, em livros, teses acadêmicas,
filmes, peças teatrais... Para começar talvez se possa pensar no livro Controle da mídia – os espetaculares feitos
da propaganda de Noam Chomsky, que entre outros alertas, esclarece as
eficientes estratégias utilizadas pela grande mídia para manipular a opinião
pública.
Aliás,
estratégias que não são novas. Já mostraram sua impressionante eficácia ao
conduzir a nação alemã à loucura do nazismo e ao conduzir vários países do
mundo a genocídios fratricidas, como foi o caso de Ruanda na África na década
de 1990. Que desvirtuamento! O poder da grande mídia poderia estar direcionado
para o engrandecimento da humanidade, para o fortalecimento da democracia, da
identidade, da liberdade, da cultura e da soberania dos povos. Mas infelizmente
não é isso o que se observa ao longo da história. A grande mídia tem sido na
verdade uma ferramenta dos poderosos para manipular a opinião do povo,
transformando-o em massa de manobra que reage irracionalmente no interesse dos
controladores da mídia, e não no interesse do povo.
Vejamos
o caso do Brasil, onde atualmente acontece o “Diário da crise”. E não é só este
programa, todo o noticiário político e econômico é editado de forma a ressaltar
os fracassos e esconder os sucessos do governo federal atual. Ao mesmo tempo em
que se ressaltam os sucessos e escondem os fracassos dos governos dos
apaniguados da mídia. A informação é sempre manipulada de modo a imputar os
fracassos a uma das tendências ideológicas do País. E os sucessos à outra
tendência, aquela dos protegidos da mídia.
Poderíamos
simplificar e dizer que falamos das tendências cujas siglas são PT e PSDB, que
polarizam hoje o embate político/ideológico, já que outras siglas, como o PMDB,
são camaleoas, não têm cor definida e assumem a defesa de interesses de
conveniência. Mas esta simplificação não retrataria bem a realidade. As
tendências em confronto têm natureza milenar, pois de um lado encontram-se as
massas que vivem da força de seu trabalho e aspiram emancipação, justiça social
e liberdade. E de outro agrupam-se aqueles que acreditam na força do poder da
riqueza e da exploração do trabalho alheio. Ainda que para isso seja necessário
impor condições injustas e até desumanas.
Mesmo
que esta polarização seja uma forçada dicotomia, como regra geral é legítima. Seria mais realista denominar a luta de
classes de guerra de classes, tantos foram suas vítimas. E, como em toda
guerra, a primeira a sucumbir é a verdade, incansavelmente vilipendiada.
A devastadora
manipulação atual imputa aos trabalhadores e aos governos por eles eleitos todo
tipo de fracasso: incompetência para governar, recessão econômica, caos
político e toda forma de corrupção. O cidadão menos atento às artimanhas e
manipulações midiáticas passa a acreditar na impotência do simples trabalhador
na tarefa de transformar o mundo, e até de cuidar de si próprio.
Neste
afã de manipulação e convencimento perpetrado pela grande mídia, colocam-se em
risco as ainda frágeis conquistas de nossa jovem democracia: o fortalecimento
das instituições democráticas, o crescimento da grande empresa nacional de
petróleo, a ascensão do País ao grau de investimento, a liquidação da colossal
dívida externa deixada pelos governos anteriores, a melhoria na distribuição de
renda, a diminuição do desemprego e da miséria, a melhoria da qualidade de vida
da população mais pobre...
Os
controladores da mídia não têm escrúpulos em apoiar no parlamento um velho e
astuto lobo notório pelas muitas trapaças e truculências em sua longa vida
política dedicada ao interesse próprio. A ele está dada a incumbência de sabotar
a presidenta que chegou pelo voto ao governo, e que tem na sua história de vida
a luta pela liberdade e pela justiça, e cujo governo tem como metas a
distribuição de renda, a justiça social e a soberania do País. Na faina de
desmoralizá-la, acusam-na da praga maior do Brasil, a histórica corrupção. Assim
fazendo escondem que esta praga que devora as riquezas e a moral do País está
historicamente entranhada na identidade nacional, e que para ser vencida
necessita de firmeza e honestidade. A começar pela honestidade da informação.
Além do
grande ultraje de ver a idealista presidenta colocada no mesmo nível do velho e
astuto parlamentar, outras afrontas têm sido imputadas ao País. A voracidade
das acusações faz o volúvel mercado hesitar, a economia regredir, o País perde
o grau de investimento, e diz-se que é a incompetência do governo. Será? Ou
serão os manipuladores da mídia, com o caos político que provocam, e os
empresários, que se recusam a investir e a aumentar a produção, pois
deliberadamente querem sabotar o governo, e assim fazendo na verdade sabotam
todo o País?
E a
empresa estatal de petróleo, que já foi um exemplo para o mundo? Revela-se
agora com grande estardalhaço que ela é envolvida por uma trama de corrupção, e
o diário da crise apressa-se em atribuir esta corrupção ao governo atual. Mas
esconde que tal trama corrupta que amarra a grande empresa já era conhecida lá
atrás, em governos de outras cores. E também esconde que, infelizmente, em todo
o planeta o inescrupuloso poder da riqueza do petróleo derruba e elege
governos, às vezes através de fraudes colossais, e move guerras hipocritamente
atribuídas à libertação de tiranias detentoras de armas de destruição em massa.
Quantos
ultrajes têm sido imputados ao País, e quantos ultrajes o País tem se deixado
imputar! Ou será que na verdade secretamente muitos brasileiros nutrem o desejo
de serem aceitos no clube dos manipuladores da mídia, e virem assim a se tornar
um deles? Se assim for, então antes temos de aprender o valor da cooperação,
comparado ao da competição.
Caro amigo, creio que nossas visões do que ocorre no pais não coincidem. Seria interessante que você mencionasse fatos e números, para evitar dúvidas. Por exemplo, é correto que a corrupção existe de há muito no nosso país, mas lembro-me que se falava de milhares e hoje se fala de bilhões. As ordens de grandeza são diferentes. Também, todos os indicadores econômicos (e mesmo os publicados por entidades internacionais, sem vínculo político nem com a imprensa) são pelo menos desanimadores. A dívida externa continua bem, obrigado, maior que antes e a dívida interna ficou astronômica sob o atual governo. Eu não tenho preferências por esse ou aquele partido e gostaria muito de estar errado, mas ainda acho que não. Abraços.
ResponderExcluirBem, uma coisa que não é ressaltada, é em relação à dívida externa: ESTA FOI PAGA NO GOVERNO LULA, mesmo que tenham gritado contra. Nos governos anteriores, se o V. Thalacker não se lembra, os governos tucanos (que eram os que estavam no comando) PAGAVAM AO FMI APENAS OS JUROS DO PRINCIPAL, sendo que a dívida apenas aumentava. confesso que também não fui muito favorável ao pagamento da dívida externa, mas, no frigir dos ovos, se não tivesse sido paga, penso que estaríamos em situação pior que a Grécia, Portugal, Argentina ... Agora, sem remexer no passado, o valor do Proer supera em muito os escândalos financeiros atuais (não que ter um escândalo financeiro menor seja uma grande vantagem)... sds.
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